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Mosca negra surge em lavouras do Estado e assusta produtores

Timbaúba é o município pernambucano mais atingido pela praga; as outras cidades onde foi detectada a presença da mosca são Bom Jardim, Macaparana, Machados, Orobó e São Vicente Férrer
Da Redação do pe360graus.com




Um inseto pequeno, difícil de ver, tem causado muita dor de cabeça para os produtores. É a mosca negra. Ela ataca pés de laranja e de outras frutas e provoca muito prejuízo. O inseto chegou a destruir lavouras inteiras na Paraíba e, em Pernambuco, recentemente, foi localizado em alguns municípios.

Timbaúba é o município pernambucano mais atingido pela praga. Lá a mosca negra já foi encontrada em 71 propriedades. Os outros municípios do Estado onde técnicos detectaram a presença da mosca são Bom Jardim, Macaparana, Machados, Orobó e São Vicente Férrer, todos perto da divisa com a Paraíba, onde a praga já destruiu plantações praticamente inteiras e de onde Pernambuco não está recebendo frutas sem certificado de origem desde fevereiro.

Em Pernambuco, a maior parte das áreas atingidas fica na zona urbana. A mosca negra pode ser identificada observando-se detalhes nas árvores hospedeiras.

"Basta dar uma olhada na parte inferior do tronco. Elas põem ovos em forma de espiral, isso é característico", explica o técnico agrícola Jairo Almeida.

A mosca não causa mal à saúde do ser humano, mas destrói as plantas. A Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) capacitou técnicos, contratou mais 28 e montou armadilhas em vários pontos.

"As armadilhas são adesivos amarelos (foto 2). A cor atrai a mosca negra. Todo inseto que encostar fica preso, para nós fazermos a contagem. Encontramos ovos. Agora queremos saber o índice de infestação, saber se o tratamento com inseticida está dando resultado", afirma o engenheiro agrônomo e fiscal da Adagro, Gildo Gouveia.

A Adagro identificou 116 propriedades pernambucanas prejudicadas pela mosca negra. Montou 24 barreiras fitossanitárias, onde as frutas são inspecionadas, para evitar que a praga se alastre, inclusive para o Sertão.

"A Adagro está fazendo o controle de todo o trânsito de frutos que saem daqui para outras áreas. Está proibido o trânsito de frutos hospedeiros do Vale do Siriji para outras áreas do Estado", orienta a gerente geral da Adagro, Erivânia Camelo.

O telefone de informações da Adagro é o 0800.081.1020.