O que Fazer Nesta Crise?
Toda crise tem sete fases.
Fase 1. Não há problema na economia, diz a autoridade econômica, é tudo boato.
Fase 2. Sim, temos um problema, mas tudo está sob controle.
Fase 3. O problema é grave, mas medidas corretivas já foram tomadas.
Fase 4. O problema é muito grave, mas as medidas emergenciais surtirão efeito.
Fase 5. Pânico geral e salve-se, quem puder.
Fase 6. Comissões de inquérito e caça aos culpados.
Fase 7. Identificação e prisão dos inocentes.
Os Estados Unidos e a Europa estão na fase 5. Brasil, China e Índia estão na Fase 3. Precisamos nos proteger contra a possibilidade de chegarmos na Fase 5, quando basta um entrevistado na televisão afirmar “que esta crise é igual ou pior que a de 1929”, como vários já falaram, ou escrever no jornal “as conseqüências da crise chegaram definitivamente no Brasil”, como já foi publicado, e gerar pânico por aqui.
Não, a crise ainda não chegou no Brasil, ainda estamos na Fase 3 e mesmo se crescermos 0% este ano, o que ninguém prevê, toda empresa irá vender a mesma coisa no ano que vem. Sua promoção pode estar em risco, mas não o seu emprego.
Ademais esta crise nada tem a ver, nem terá, com a severidade da crise de 1929, quando 25% dos trabalhadores perderam seus empregos e que durou até 1940 com 14%. Na pior das hipóteses, o desemprego nos Estados Unidos aumentará 3%, mesmo assim só por 24 meses.
Se tivessem líderes administrativos socialmente responsáveis, eles já teriam ido a público garantir que manteriam o nível de emprego de suas empresas nos próximos 12 meses. Hoje custa mais para se treinar um novo funcionário do que para mantê-lo fazendo algo por 12 meses.
Depois que Alan Greenspan e Nouriel Roubini saíram dizendo que a crise era igual à de 1929, todos os americanos pararam de gastar, aumentando sua poupança e prevendo o pior. Ninguém sabe quem serão os 25% de desempregados. Quando 100% dos consumidores param de gastar por um único mês, cria-se uma espiral recessiva imprevisível. Outra alternativa seria alertar os 3% que talvez sejam demitidos para economizar, para que os 97% possam manter normalmente suas compras evitando a espiral recessiva.
Na crise de 1929, 4.000 bancos quebraram, e a mera referência a 1929 como fizeram Greenspan e Roubini, leva pessoas leigas a correr para os bancos, o que aconteceu agora na Europa.
A imprensa perdeu a capacidade de filtrar e processar informação premida pelo tempo exíguo para colocar tudo na internet. Publicam o que vier, especialmente, se for notícia ruim.
Nenhum banco comercial irá quebrar, nenhum ainda quebrou nos EEUU, e mesmo se forem um ou dois, nada se compara com 4.000. Bancos sempre quebram, mas ninguém percebe. Mesmo se quebrarem, o seu dinheiro, ao contrário de 1929, está no fundo DI e não no Banco. O Fundo DI está no SEU NOME e dos demais cotistas, e se um banco brasileiro quebrar, o que não vai acontecer, seu dinheiro está salvo. No máximo você terá de esperar uma semana para a troca de administrador do seu fundo. O dinheiro está aplicado em títulos do tesouro em SEU NOME, não do Banco.
Deixar o dinheiro onde está é o mais seguro. Se você resgatar o seu fundo DI, o dinheiro cai na sua conta, e se o banco quebrar justo neste dia, você vira um credor do banco. Nossos bancos estão recebendo depósitos dos apavorados estrangeiros. Muita gente em pânico está saldando suas cotas em fundos de ações e o seu gestor é OBRIGADO a vender uma ação mesmo com ela caindo 20% no dia, algo que você jamais faria.
Acionistas majoritários não estão em pânico, nem podem nem querem vender suas ações. Só os minoritários se sentem uns idiotas porque não venderam na “alta”.
Não temos bancos de investimento no Brasil. De fato, Roberto Campos implantou neste país este mesmo modelo americano que está ruindo, mas felizmente foi uma lei que “não pegou”. Problema a menos.
Só temos bancos comerciais, e estes são muito bem controlados pelo Banco Central. Além do mais, nossos bancos têm dono, e por isto estão pouco alavancados, 4 a 5 vezes, contra 20 a 25 vezes dos bancos de investimentos americanos.
O Brasil não está alavancado. Nossos créditos diretos ao consumidor não passam de 36% do PIB, e devem crescer para 40% no ano que vem. Os Estados Unidos estão alavancados em 160% do PIB e é esta desalavancagem súbita que está causando problemas.
Nosso Banco Central adotou o que venho alertando há anos a países e famílias - a política de ter reservas para os dias de crise e hoje temos US$ 200 bilhões. Pela primeira vez o Brasil tem reservas para sustentar uma crise duradoura, sem ter que se endividar para cobrir furos de caixa.
Temos um sistema financeiro dos mais modernos e rápidos do mundo implantado devido à inflação galopante dos anos 90. Nos Estados Unidos demora-se duas semanas para se descontar um cheque entre bancos, por isto o sistema travou. Nenhum banco confia em outro banco numa crise destas.
Esta é a hora para disseminar a nossa força, as nossas reservas, a competência de Henrique Meirelles, primeiro administrador financeiro (Coppead) a comandar o nosso Banco Central, e já se nota a diferença. Está na hora de mostrarmos ao mundo que como a China e Índia, nós vamos crescer via mercado interno, com produtos populares, tese que há anos venho defendendo.
Esta é a hora de mostrar o que DÁ CERTO no Brasil em vez de conseguir fama no rádio e na televisão mostrando o que poderia dar errado.
Lembre-se que os verdadeiros culpados já estão se movimentando para culpar os inocentes, e assim saírem incólumes e mais poderosos.
Stephen Kanitz
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Calor do sol pode tratar a água usada para beber no semi-árido nordestino
Uma tecnologia simples e barata está melhorando a qualidade da água consumida no interior de Pernambuco. O processo de desinfecção usa os raios do sol para acabar com as impurezas.
Num sítio em Orobó, no Agreste, a merendeira Rosinete Barbosa e a filha abastecem a família com água que elas recolhem de garrafas com líquido cristalino, em vez daquele barrento e com gosto de sal que é tão comum na região.
Cerca de 75% das famílias de Orobó vivem na área rural, um pedaço do semi-árido nordestino onde água é sinônimo de escassez. Não existe rede de abastecimento e os moradores cavam postos e armazenam a água da chuva em reservatórios quase sempre sem tratamento.
A tecnologia alternativa usada por Rosinete começa a mudar essa história. Dezenas de famílias já aprenderam a aproveitar um recurso que tem de sobra na região para tratar a água: o processo chamado de desinfecção solar usa o calor do sol.
O método foi divulgado por uma organização não-governamental da Suíça. “Exposta ao sol, a água vai aquecer e assim morrem os microorganismos, já é comprovado cientificamente. Inclusive, a Organização Mundial da Saúde já divulga esse método nos países onde há carência de água tratada”, explica Tânia Barracho, representante da ONG.
A agricultora Maria Eliete do Nascimento explica como se faz: ela põe a água da cisterna em garrafas transparentes e deixa debaixo do sol durante seis horas sobre um plástico preto, que serve para absorver melhor o calor.
Nos dias mais quentes, a água chega a ferver. “A gente toma a água e fica com saúde, não tem mais doenças que vem da água”, ela conta.
O método também está sendo usado nas escolas rurais. A lição de casa dos estudantes é ensinar aos pais como tratar a água. “Tem que tratar a água direto, senão dá dor de barriga e dor de cabeça”, ensina um aluno.
“Certamente, a gente vai ter uma melhoria na qualidade de vida das pessoas, diminuindo a incidência de doenças comuns, como parasitoses e hepatites”, aprova a médica Carla Moriel
Num sítio em Orobó, no Agreste, a merendeira Rosinete Barbosa e a filha abastecem a família com água que elas recolhem de garrafas com líquido cristalino, em vez daquele barrento e com gosto de sal que é tão comum na região.
Cerca de 75% das famílias de Orobó vivem na área rural, um pedaço do semi-árido nordestino onde água é sinônimo de escassez. Não existe rede de abastecimento e os moradores cavam postos e armazenam a água da chuva em reservatórios quase sempre sem tratamento.
A tecnologia alternativa usada por Rosinete começa a mudar essa história. Dezenas de famílias já aprenderam a aproveitar um recurso que tem de sobra na região para tratar a água: o processo chamado de desinfecção solar usa o calor do sol.
O método foi divulgado por uma organização não-governamental da Suíça. “Exposta ao sol, a água vai aquecer e assim morrem os microorganismos, já é comprovado cientificamente. Inclusive, a Organização Mundial da Saúde já divulga esse método nos países onde há carência de água tratada”, explica Tânia Barracho, representante da ONG.
A agricultora Maria Eliete do Nascimento explica como se faz: ela põe a água da cisterna em garrafas transparentes e deixa debaixo do sol durante seis horas sobre um plástico preto, que serve para absorver melhor o calor.
Nos dias mais quentes, a água chega a ferver. “A gente toma a água e fica com saúde, não tem mais doenças que vem da água”, ela conta.
O método também está sendo usado nas escolas rurais. A lição de casa dos estudantes é ensinar aos pais como tratar a água. “Tem que tratar a água direto, senão dá dor de barriga e dor de cabeça”, ensina um aluno.
“Certamente, a gente vai ter uma melhoria na qualidade de vida das pessoas, diminuindo a incidência de doenças comuns, como parasitoses e hepatites”, aprova a médica Carla Moriel
ADVOGADO REÚNE HISTÓRIAS DE SUCESSO EM NOVO LIVRO DA THOMAS NELSON BRASIL
O advogado Nerivaldo Lira Alves, pós-graduado em direito empresarial, mostra "Como transformar Sonhos em Realidade" em novo lançamento da Thomas Nelson Brasil. No volume, estão reunidas histórias de pessoas comuns, como ele, que saíram da pobreza e obtiveram sucesso profissional. Nerivaldo mantém também uma ONG chamada "Amigos da Educação no Sertão Nordestino.
Como transformar sonhos em realidade
Descubra como realizar tudo o que você sempre quis, mas não sabia por onde começar
Nerivaldo Lira Alves
Nº de Páginas: 152
Preço: R$ 29,90
Gente que faz é a melhor definição para Nerivaldo Lira Alves, o autor de "Como transforma sonhos em realidade - Descubra como realizar tudo o que você sempre quis, mas não sabia por onde começar" , lançamento da Thomas Nelson Brasil. Desde o seu nascimento há 37 anos no sertão de Orobó (PE) até o sucesso na carreira de advogado, com escritórios em São Paulo, Brasília, Recife e Bahia, aconteceram muitas histórias e diversos personagens passaram na vida deste tributarista, pós-graduado em direito empresarial.
"Como transformar sonhos em realidade" não é apenas um manual de como realizar seus sonhos, mas a prova concreta de que eles podem ser realizados. A própria história de vida do autor é o maior exemplo. Filho natural de pais muito pobres, Nerivaldo foi oferecido à adoção logo no início da gravidez. "Minha mãe apresentava um leve retardo mental e então, por conta disso, foi difícil achar alguém que quisesse me adotar", conta. Quando era recém-nascido, um casal de agricultores analfabetos soube da existência do menino e demonstrou o interesse em adotá-lo. Assim, ele chegou na família Alves Lira, onde cresceu, freqüentando escolas da região de Orobó e Machados (PE). Aos 17 anos, mudou-se com a irmã - professora de alfabetização de adultos --, para o Rio de Janeiro, onde conclui o ensino médio e começou a estudar Direto na Universidade Estácio de Sá.
O livro é repleto de relatos de pessoas comuns que chegaram lá, como a do engraxate Felipe. Lira conta que um dia, voltando do almoço, parou para engraxar seus sapatos e avistou um menino que segurava uma caixa de engraxate, com olhar triste, observando o trabalho de um outro engraxate mais velho. "Eu me aproximei do menino e perguntei 'ei, você quer ficar rico?'. Indiferente à multidão de pessoas, ele fixou o olhar de criança sobre mim e respondeu em tom irônico 'claro, moço, quem não quer?'", conta.
Mais de um mês depois, Lira reencontrou o menino Felipe no mesmo local. Pegou-o pelo braço e o levou até o seu escritório. Na entrada do prédio, os porteiros quiseram barrar a entrada de Felipe: "antes de subirmos, virei para o menino e perguntei 'sabe por que o porteiro quis proibi-lo de entrar neste prédio? Porque você é igual a centenas de meninos engraxates lutando para ganhar a vida nessa cidade. A partir do momento em que você fizer diferença poderá alcançar o sucesso'", relata o autor.
Nerivaldo solicitou a uma de suas funcionárias que providenciasse um terno completo, sapatos, uma pasta e cartões de apresentação para Felipe começar seu trabalho de engraxate VIP. No dia seguinte, pontualmente às 9h da manhã, Felipe chegou no escritório de Nerivaldo conforme mandava o figurino.No primeiro dia, o menino faturou 65 reais, mais do que seis vezes o valor levantado no final de um dia de bom movimento. "Minha insistência em fazer de Felipe um engraxate VIP deu certo. O menino montou sua carteira de clientes com nomes de executivos, advogados, empresários e profissionais liberais. Em pouco tempo, começou a receber chamadas via celular. Com apenas 12 anos, tornou-se um profissional dedicado, bem-sucedido e cheio de expectativas. Hoje, vendo aos meus clientes a mesma idéia vendida a Felipe", conta orgulhoso o autor.
Responsabilidade Social
O advogado mantém uma preocupação com o bem-estar e o crescimento de seu povo. As três escolas onde estudou no agreste pernambucano foram "adotadas" por ele. São mais de 4,8 mil alunos e 110 professores beneficiados pela ação social de Nerivaldo. "Hoje as escolas de Orobó e Machados estão equipadas com computadores e estamos construindo uma sala de aula para 220 alunos que será a sala de aula mais moderna do mundo. De lá alunos e professores poderão interagir com o resto do mundo", conta orgulhoso o autor.
Nerivaldo mantém também uma ONG chamada "Amigos da Educação no Sertão Nordestino" da qual o engraxate Felipe é vice-presidente. "Estou preparando o menino para que ele assuma a presidência logo", anuncia.
Sobre o Nerivaldo
Nascido na cidade de Orobó (PE), desde pequeno já acreditava em seus sonhos e alimentava seus ideais. Apesar de todas as dificuldades e barreiras que a vida apresentava, nunca deixou de ser um batalhador. Enfrentou vários desafios, mas permaneceu firme em seus objetivos. Ao mudar-se para o Rio de Janeiro, empregou-se como office-boy num grande escritório de advocacia. Graças a força de vontade e a motivação, que lhe são inerentes, prestou vestibular para Direito e, perseverando, ingressou na Universidade Estácio de Sá entre os primeiros colocados.
Com o curso de Direito, passou a ocupar o cargo de estagiário do escritório onde iniciou como office-boy, e mesmo antes de se formar recebeu um convite para se tornar sócio do escritório, o que foi aceito com grande honra. Hoje é advogado tributarista e pós-graduado em Direito Empresarial. É professor e conferencista nas áreas jurídica, de motivação de equipe, de liderança e de qualidade de vida. É gestor, consultor jurídico e sócio do escritório Lira Alves Advogados Associados, com filiais em São Paulo, Brasília, Recife e Bahia.
Como transformar sonhos em realidade
Descubra como realizar tudo o que você sempre quis, mas não sabia por onde começar
Nerivaldo Lira Alves
Nº de Páginas: 152
Preço: R$ 29,90
Gente que faz é a melhor definição para Nerivaldo Lira Alves, o autor de "Como transforma sonhos em realidade - Descubra como realizar tudo o que você sempre quis, mas não sabia por onde começar" , lançamento da Thomas Nelson Brasil. Desde o seu nascimento há 37 anos no sertão de Orobó (PE) até o sucesso na carreira de advogado, com escritórios em São Paulo, Brasília, Recife e Bahia, aconteceram muitas histórias e diversos personagens passaram na vida deste tributarista, pós-graduado em direito empresarial.
"Como transformar sonhos em realidade" não é apenas um manual de como realizar seus sonhos, mas a prova concreta de que eles podem ser realizados. A própria história de vida do autor é o maior exemplo. Filho natural de pais muito pobres, Nerivaldo foi oferecido à adoção logo no início da gravidez. "Minha mãe apresentava um leve retardo mental e então, por conta disso, foi difícil achar alguém que quisesse me adotar", conta. Quando era recém-nascido, um casal de agricultores analfabetos soube da existência do menino e demonstrou o interesse em adotá-lo. Assim, ele chegou na família Alves Lira, onde cresceu, freqüentando escolas da região de Orobó e Machados (PE). Aos 17 anos, mudou-se com a irmã - professora de alfabetização de adultos --, para o Rio de Janeiro, onde conclui o ensino médio e começou a estudar Direto na Universidade Estácio de Sá.
O livro é repleto de relatos de pessoas comuns que chegaram lá, como a do engraxate Felipe. Lira conta que um dia, voltando do almoço, parou para engraxar seus sapatos e avistou um menino que segurava uma caixa de engraxate, com olhar triste, observando o trabalho de um outro engraxate mais velho. "Eu me aproximei do menino e perguntei 'ei, você quer ficar rico?'. Indiferente à multidão de pessoas, ele fixou o olhar de criança sobre mim e respondeu em tom irônico 'claro, moço, quem não quer?'", conta.
Mais de um mês depois, Lira reencontrou o menino Felipe no mesmo local. Pegou-o pelo braço e o levou até o seu escritório. Na entrada do prédio, os porteiros quiseram barrar a entrada de Felipe: "antes de subirmos, virei para o menino e perguntei 'sabe por que o porteiro quis proibi-lo de entrar neste prédio? Porque você é igual a centenas de meninos engraxates lutando para ganhar a vida nessa cidade. A partir do momento em que você fizer diferença poderá alcançar o sucesso'", relata o autor.
Nerivaldo solicitou a uma de suas funcionárias que providenciasse um terno completo, sapatos, uma pasta e cartões de apresentação para Felipe começar seu trabalho de engraxate VIP. No dia seguinte, pontualmente às 9h da manhã, Felipe chegou no escritório de Nerivaldo conforme mandava o figurino.No primeiro dia, o menino faturou 65 reais, mais do que seis vezes o valor levantado no final de um dia de bom movimento. "Minha insistência em fazer de Felipe um engraxate VIP deu certo. O menino montou sua carteira de clientes com nomes de executivos, advogados, empresários e profissionais liberais. Em pouco tempo, começou a receber chamadas via celular. Com apenas 12 anos, tornou-se um profissional dedicado, bem-sucedido e cheio de expectativas. Hoje, vendo aos meus clientes a mesma idéia vendida a Felipe", conta orgulhoso o autor.
Responsabilidade Social
O advogado mantém uma preocupação com o bem-estar e o crescimento de seu povo. As três escolas onde estudou no agreste pernambucano foram "adotadas" por ele. São mais de 4,8 mil alunos e 110 professores beneficiados pela ação social de Nerivaldo. "Hoje as escolas de Orobó e Machados estão equipadas com computadores e estamos construindo uma sala de aula para 220 alunos que será a sala de aula mais moderna do mundo. De lá alunos e professores poderão interagir com o resto do mundo", conta orgulhoso o autor.
Nerivaldo mantém também uma ONG chamada "Amigos da Educação no Sertão Nordestino" da qual o engraxate Felipe é vice-presidente. "Estou preparando o menino para que ele assuma a presidência logo", anuncia.
Sobre o Nerivaldo
Nascido na cidade de Orobó (PE), desde pequeno já acreditava em seus sonhos e alimentava seus ideais. Apesar de todas as dificuldades e barreiras que a vida apresentava, nunca deixou de ser um batalhador. Enfrentou vários desafios, mas permaneceu firme em seus objetivos. Ao mudar-se para o Rio de Janeiro, empregou-se como office-boy num grande escritório de advocacia. Graças a força de vontade e a motivação, que lhe são inerentes, prestou vestibular para Direito e, perseverando, ingressou na Universidade Estácio de Sá entre os primeiros colocados.
Com o curso de Direito, passou a ocupar o cargo de estagiário do escritório onde iniciou como office-boy, e mesmo antes de se formar recebeu um convite para se tornar sócio do escritório, o que foi aceito com grande honra. Hoje é advogado tributarista e pós-graduado em Direito Empresarial. É professor e conferencista nas áreas jurídica, de motivação de equipe, de liderança e de qualidade de vida. É gestor, consultor jurídico e sócio do escritório Lira Alves Advogados Associados, com filiais em São Paulo, Brasília, Recife e Bahia.
REQUERIMENTO Nº 1.596, DE 2004
Com fulcro no inciso I, do artigo 221, do Regimento
Interno do Senado Federal e de acordo com
as tradições da Casa, requeiro apresentação de condolências
à família pelo falecimento de Dom OTÁVIO
AGUIAR BARBOSA, Bispo Emérito de Palmeira dos
Índios, ocorrido ontem, dia 8 de dezembro de 2004,
no Estado de Alagoas.
Justificacão
Dom Otávio Aguiar Barbosa nasceu na cidade de
Orobó, em 22 de abril de 1913. Estudou teologia no
Seminário de Olinda (Pernambuco) e ordenou-se padre
em 1935, em Nazaré da Mata. Foi ordenado bispo em
1955, depois de ter exercido o trabalho pastoral por
vários anos em Limoeiro, (Pernambuco).
Dom Aguiar iniciou o seu trabalho episcopal como
bispo auxiliar de São Luís (Maranhão). Depois foi Bispo
de Campina Grande (Paraíba) e de Palmeira dos
Índios (Alagoas), onde se aposentou.
Em seu trabalho missionário e episcopal, Dom
Aguiar foi capelão, professor secundarista, pároco e
finalmente bispo. Foi um guia espiritual que prestou
serviço religioso de inestimável valor, inclusive com
engajamento em questões sociais envolvendo a população
mais pobre.
Pela perda irreparável desse ser humano exemplar,
requeiro a esse Plenário a apresentação de condolências
às famílias AGUIAR e BARBOSA.
Sala das Sessões, 14 de dezembro de 2004.
– Senadora Heloísa Helena
Interno do Senado Federal e de acordo com
as tradições da Casa, requeiro apresentação de condolências
à família pelo falecimento de Dom OTÁVIO
AGUIAR BARBOSA, Bispo Emérito de Palmeira dos
Índios, ocorrido ontem, dia 8 de dezembro de 2004,
no Estado de Alagoas.
Justificacão
Dom Otávio Aguiar Barbosa nasceu na cidade de
Orobó, em 22 de abril de 1913. Estudou teologia no
Seminário de Olinda (Pernambuco) e ordenou-se padre
em 1935, em Nazaré da Mata. Foi ordenado bispo em
1955, depois de ter exercido o trabalho pastoral por
vários anos em Limoeiro, (Pernambuco).
Dom Aguiar iniciou o seu trabalho episcopal como
bispo auxiliar de São Luís (Maranhão). Depois foi Bispo
de Campina Grande (Paraíba) e de Palmeira dos
Índios (Alagoas), onde se aposentou.
Em seu trabalho missionário e episcopal, Dom
Aguiar foi capelão, professor secundarista, pároco e
finalmente bispo. Foi um guia espiritual que prestou
serviço religioso de inestimável valor, inclusive com
engajamento em questões sociais envolvendo a população
mais pobre.
Pela perda irreparável desse ser humano exemplar,
requeiro a esse Plenário a apresentação de condolências
às famílias AGUIAR e BARBOSA.
Sala das Sessões, 14 de dezembro de 2004.
– Senadora Heloísa Helena
Criança na escola por apenas R$ 1,99
Autor(es): Sérgio Miguel Buarque
Correio Braziliense - 10/06/2007
Em Orobó (PE), estudantes deixavam de ir à aula por falta de sapatos
Quanto custa o desafio de colocar uma criança dentro da sala de aula? Em Orobó, cidade da Zona da Mata, no norte de Pernambuco, a Secretaria de Educação do Município enfrentou o problema desembolsando apenas RS 1,99 por aluno. A iniciativa, além de barata, nasceu de uma idéia surpreendentemente simples para enfrentar uma questão reconhecidamente complexa. Os resultados alcançados contribuíram, inclusive, para que a cidade cumprisse as metas estabelecidas pelo Unicef e fosse certificada com o Selo Município Aprovado. Mas é preciso contar a história do começo.
Depois de uma série de ações na educação, Orobó vinha conseguindo aumentar o número de matrículas no ensino infantil da rede municipal. Em 2005 foram 821 alunos. No ano seguinte, 1.084. Em 2006, um salto para 1.127. Só que as matrículas não significavam efetivamente a presença da criança dentro da sala de aula. Um levantamento mostrou que, mesmo inscritos, 513 potenciais estudantes ficavam em casa.
Quantificar o problema até que foi fácil. A questão fundamental era saber por qual motivo os meninos e meninas não chegavam à sala de aula. Foi aí que entrou em ação a figura do agente de educação. Vinte e três pessoas percorreram o relevo acidentado e as estradas de barro que interligam as comunidades da zona rural e distritos do município. Orientados pelas escolas, o agentes foram de casa em casa conversar com os pais e com os próprios estudantes. O contato direto com a população revelou uma cruel realidade: os alunos, em grande parte dos casos, não iam ao colégio simplesmente porque não tinham sapatos.
A informação, que chegou no final do ano passado, chocou a secretária de Educação do município, Valdenice Aguiar. A própria Valdenice foi a uma fábrica de calçados no Recife disposta a resolver o problema. Aí veio a surpresa. “Cheguei lá num dia de promoção. O par da sandália, que custava em torno de RS 7, estava sendo vendido por RS 1,99. Comprei mais de 500”, lembra. Os próprios agentes retornaram às casas dos estudantes para entregar os chinelos.
Cristiane Souza é uma das crianças que receberam os chinelos comprados pela prefeitura de Orobó. Aos 7 anos, ela já cursa a segunda série. Ainda não sabe escrever “muita coisa”, confessa timidamente. Possivelmente, pela falta de continuidade nos estudos. A menina se enquadra no perfil das crianças que, apesar de matriculadas, não freqüentavam a escola por falta de sapato.
Cristiane mora no Sítio Olho D’água Seco, uma das comunidades rurais de Orobó. Da casa dela até a escola municipal Sebastião Barbosa é uma longa caminhada pelas ladeiras de barro. Depois das sandálias ela voltou a fazer o percurso, agora com um pouco mais de conforto e dignidade.
No sertão paraibano, o município de Aparecida também vem travando uma luta dura para manter as crianças e adolescentes dentro da sala de aula. De um lado, os professores e o discurso do futuro. Do outro, a roça e a imposição do presente, da sobrevivência. No embate das duas realidades, a escola vinha perdendo os alunos para o trabalho, principalmente no período de colheita. O jogo começou a virar a partir de 2005. E com uma simples mudança de rotina. As escolas criaram estratégias para atrair e envolver os pais das crianças no processo de ensino.
Correio Braziliense - 10/06/2007
Em Orobó (PE), estudantes deixavam de ir à aula por falta de sapatos
Quanto custa o desafio de colocar uma criança dentro da sala de aula? Em Orobó, cidade da Zona da Mata, no norte de Pernambuco, a Secretaria de Educação do Município enfrentou o problema desembolsando apenas RS 1,99 por aluno. A iniciativa, além de barata, nasceu de uma idéia surpreendentemente simples para enfrentar uma questão reconhecidamente complexa. Os resultados alcançados contribuíram, inclusive, para que a cidade cumprisse as metas estabelecidas pelo Unicef e fosse certificada com o Selo Município Aprovado. Mas é preciso contar a história do começo.
Depois de uma série de ações na educação, Orobó vinha conseguindo aumentar o número de matrículas no ensino infantil da rede municipal. Em 2005 foram 821 alunos. No ano seguinte, 1.084. Em 2006, um salto para 1.127. Só que as matrículas não significavam efetivamente a presença da criança dentro da sala de aula. Um levantamento mostrou que, mesmo inscritos, 513 potenciais estudantes ficavam em casa.
Quantificar o problema até que foi fácil. A questão fundamental era saber por qual motivo os meninos e meninas não chegavam à sala de aula. Foi aí que entrou em ação a figura do agente de educação. Vinte e três pessoas percorreram o relevo acidentado e as estradas de barro que interligam as comunidades da zona rural e distritos do município. Orientados pelas escolas, o agentes foram de casa em casa conversar com os pais e com os próprios estudantes. O contato direto com a população revelou uma cruel realidade: os alunos, em grande parte dos casos, não iam ao colégio simplesmente porque não tinham sapatos.
A informação, que chegou no final do ano passado, chocou a secretária de Educação do município, Valdenice Aguiar. A própria Valdenice foi a uma fábrica de calçados no Recife disposta a resolver o problema. Aí veio a surpresa. “Cheguei lá num dia de promoção. O par da sandália, que custava em torno de RS 7, estava sendo vendido por RS 1,99. Comprei mais de 500”, lembra. Os próprios agentes retornaram às casas dos estudantes para entregar os chinelos.
Cristiane Souza é uma das crianças que receberam os chinelos comprados pela prefeitura de Orobó. Aos 7 anos, ela já cursa a segunda série. Ainda não sabe escrever “muita coisa”, confessa timidamente. Possivelmente, pela falta de continuidade nos estudos. A menina se enquadra no perfil das crianças que, apesar de matriculadas, não freqüentavam a escola por falta de sapato.
Cristiane mora no Sítio Olho D’água Seco, uma das comunidades rurais de Orobó. Da casa dela até a escola municipal Sebastião Barbosa é uma longa caminhada pelas ladeiras de barro. Depois das sandálias ela voltou a fazer o percurso, agora com um pouco mais de conforto e dignidade.
No sertão paraibano, o município de Aparecida também vem travando uma luta dura para manter as crianças e adolescentes dentro da sala de aula. De um lado, os professores e o discurso do futuro. Do outro, a roça e a imposição do presente, da sobrevivência. No embate das duas realidades, a escola vinha perdendo os alunos para o trabalho, principalmente no período de colheita. O jogo começou a virar a partir de 2005. E com uma simples mudança de rotina. As escolas criaram estratégias para atrair e envolver os pais das crianças no processo de ensino.
Analfabeto de Orobó-Pe, escreve livro
Eu nasci no sertão de Pernambuco
Numa fazenda do lado dos burros
Eu sou analfabeto
Mas não sou burro não
Severino Manoel de Souza
Severino, filho de Maria, nasceu no sertão de Pernambuco. Mas isso não quer dizer muita coisa. Como escreveu o poeta João Cabral de Melo Neto, são tantos severinos nascidos no sertão de Pernambuco, com mães chamadas Maria, iguais em tudo na vida… Então, deixemos que ele se apresente:
— Meu nome é Severino Manoel de Souza – analfabeto, sem-teto, catador de lixo e nordestino. Mas vou lançar um livro.
Há um certo tom de exagero nessas palavras. Afinal, seria de estranhar que um analfabeto escrevesse um livro. O que ele quer dizer, em verdade, é que seu conhecimento não foi adquirido nos tradicionais bancos escolares.
— A gente só aprende as coisas quando primeiro a gente sofre.
Assim o sofrimento de Severino: mudou-se aos 13 anos do sítio Olho D’Água Seco – localidade do agreste pernambucano pertencente ao município de Orobó – para o Recife. Estava cansado da vida na roça: lavrar a terra, olhar o gado e cuidar dos onze irmãos mais novos estava pesando-lhe demais nas costas. Resolveu pedir para Guilherme, irmão de sua mãe, que arranjasse algum serviço para ele na cidade grande.
Já fazia dois meses que estava na capital pernambucana, onde ajudava o tio em uma pequena oficina mecânica e em descarregamentos de caminhões, quando ele lhe sugeriu que ajudasse um amigo, de apelido Mané Pintado. Iriam entregar uma carga de ração numa granja de Pau Ferro, bairro localizado no norte da cidade. Na volta do serviço, por volta das onze da noite, Mané Pintado o deixou num ponto de ônibus de uma estrada, que ficava no bairro de Encruzilhada. Disse que lá passava condução que o levaria para a casa do tio.
Severino desceu do caminhão e esperou. E, literalmente, se viu numa encruzilhada. Passaram vários coletivos, para diversas localidades, mas Severino não tinha a quem perguntar, porque ninguém parava no ponto. Como também não sabia ler, não sabia que ônibus pegar. Não sabendo que ônibus pegar, esperou sentado clarear o dia.
— Fiquei sentado lá a madrugada inteira, com a mão no queixo, os braços cruzados, com fome…
Quando finalmente amanheceu, Severino se pôs a andar. Era uma manhã fria, a cerração abatendo ainda mais o seu ânimo.
— Peguei a estrada dos remédios, que vai sair naquele meio de mundo, e entrei por uma avenida. Aí, encontrei um vendedor que me disse que eu já tava perto.
Ao chegar em casa, não disse nada. A manhã inteira suportou calado o sofrimento. Apesar do sono e do cansaço, foi com o tio fazer mais um descarregamento. Só quando voltaram, lá pela hora do almoço, é que disse:
— Meu tio, eu vou comprar uma carta de ABC pra mó d’eu aprender alguma coisa. Quem não lê é cego, burro e tapado. Passei a noite inteira no ponto sem saber que ônibus pegar.
***
Severino foi até uma banca de jornal.
— Moço, você tem a carta de ABC?
— Tenho, por quê?
— Preciso aprender a ler…
— Você quer mesmo aprender? Então, não precisa pagar nada, pode levar de graça.
Com a ajuda do tio, aprendeu primeiro a identificar as vogais. Depois, foi para as consoantes e, logo em seguida, conseguiu escrever o próprio nome. Passou a memorizar as letras e já conseguia rascunhar as primeiras palavras. Tio Guilherme tomava-lhe a lição todas as noites. Quando finalmente se sentiu mais seguro, Severino se impôs um teste: iria a um ponto para identificar os letreiros dos ônibus que passavam.
— O ônibus vinha de longe e eu imediatamente ia ajuntando as letras.
Depois de um ano no Recife, voltou à fazenda do pai, com uma caderneta no bolso e duas canetas na mão. Estava acontecendo uma festança de casamento, com quase todo o povoado de Orobó presente. Olhares enciumados e curiosos começaram a lhe ser dirigidos. E, na mente, as reminiscências de seu sofrimento: sentado a madrugada inteira, sem ver vivalma, não sabendo ler, chegando à casa do tio, sou cego, burro e tapado.
Em terra de cegos, quem tem um olho é rei. Ou melhor, em terra de iletrados, quem sabe ler e escrever é rei. O discurso predominante do povoado:
— Severino, a gente precisa aprender a ler. Hoje a gente está aqui, mas amanhã ninguém sabe, a gente pode ter de ir para a cidade grande. E lá, se não soubermos ler, não somos nada.
No dia seguinte, 26 pessoas – entre amigos e parentes – foram até a casa de seu pai para aprender com ele.
— Aí, pra mó d’eu começar a incentivar os outros, peguei três pedaços de pau e coloquei um ao lado do outro, bem paralelozinho. Peguei um pouco de carvão, soquei lá no pilão, peguei um pouco de álcool e um pouco de goma láctea, e enfiei uma tinta preta. Ficou um tipo duma lousa. Depois, fui lá num lixão e arrumei um pedaço de gesso, aquele gesso de fazer teto de casa, tirei um pedaço e fiz um tipo dum giz. As primeiras letras que eu escrevi foram o a-e-i-o-u, que foram as primeiras letras que eu aprendi da carta de ABC. Fui explicando pro pessoal e ninguém sabia fazer um “a”, fazer um “e”. Aí eu fui pegando na mão de cada um e ensinava.
A irmã de Severino, Maria José da Conceição, também assistia às aulas. Como convivia com o irmão, aprendeu mais rápido do que os outros alunos e passou também a lecionar na pequena escola improvisada. Em três meses, o número de alunos chegava a 100. E em um ano, Severino diz ter “formado” 231 pessoas.
— Aí depois teve o prefeito lá da cidade de Limoeiro, que passou o cargo pro filho e se propôs a ser candidato de Orobó. Ele ganhou a eleição, porque tirou título pra todo mundo – já que quase todos sabiam escrever o nome –, comprou roupa pro pessoal, calçado, chapéu…
Do tipo de coisa que só acontece nestes tristes trópicos. O político ainda prometeu construir uma escola em Orobó e colocar Severino no cargo de diretor, se ele concluísse pelo menos a 5ª série. Severino deu de ombros
Numa fazenda do lado dos burros
Eu sou analfabeto
Mas não sou burro não
Severino Manoel de Souza
Severino, filho de Maria, nasceu no sertão de Pernambuco. Mas isso não quer dizer muita coisa. Como escreveu o poeta João Cabral de Melo Neto, são tantos severinos nascidos no sertão de Pernambuco, com mães chamadas Maria, iguais em tudo na vida… Então, deixemos que ele se apresente:
— Meu nome é Severino Manoel de Souza – analfabeto, sem-teto, catador de lixo e nordestino. Mas vou lançar um livro.
Há um certo tom de exagero nessas palavras. Afinal, seria de estranhar que um analfabeto escrevesse um livro. O que ele quer dizer, em verdade, é que seu conhecimento não foi adquirido nos tradicionais bancos escolares.
— A gente só aprende as coisas quando primeiro a gente sofre.
Assim o sofrimento de Severino: mudou-se aos 13 anos do sítio Olho D’Água Seco – localidade do agreste pernambucano pertencente ao município de Orobó – para o Recife. Estava cansado da vida na roça: lavrar a terra, olhar o gado e cuidar dos onze irmãos mais novos estava pesando-lhe demais nas costas. Resolveu pedir para Guilherme, irmão de sua mãe, que arranjasse algum serviço para ele na cidade grande.
Já fazia dois meses que estava na capital pernambucana, onde ajudava o tio em uma pequena oficina mecânica e em descarregamentos de caminhões, quando ele lhe sugeriu que ajudasse um amigo, de apelido Mané Pintado. Iriam entregar uma carga de ração numa granja de Pau Ferro, bairro localizado no norte da cidade. Na volta do serviço, por volta das onze da noite, Mané Pintado o deixou num ponto de ônibus de uma estrada, que ficava no bairro de Encruzilhada. Disse que lá passava condução que o levaria para a casa do tio.
Severino desceu do caminhão e esperou. E, literalmente, se viu numa encruzilhada. Passaram vários coletivos, para diversas localidades, mas Severino não tinha a quem perguntar, porque ninguém parava no ponto. Como também não sabia ler, não sabia que ônibus pegar. Não sabendo que ônibus pegar, esperou sentado clarear o dia.
— Fiquei sentado lá a madrugada inteira, com a mão no queixo, os braços cruzados, com fome…
Quando finalmente amanheceu, Severino se pôs a andar. Era uma manhã fria, a cerração abatendo ainda mais o seu ânimo.
— Peguei a estrada dos remédios, que vai sair naquele meio de mundo, e entrei por uma avenida. Aí, encontrei um vendedor que me disse que eu já tava perto.
Ao chegar em casa, não disse nada. A manhã inteira suportou calado o sofrimento. Apesar do sono e do cansaço, foi com o tio fazer mais um descarregamento. Só quando voltaram, lá pela hora do almoço, é que disse:
— Meu tio, eu vou comprar uma carta de ABC pra mó d’eu aprender alguma coisa. Quem não lê é cego, burro e tapado. Passei a noite inteira no ponto sem saber que ônibus pegar.
***
Severino foi até uma banca de jornal.
— Moço, você tem a carta de ABC?
— Tenho, por quê?
— Preciso aprender a ler…
— Você quer mesmo aprender? Então, não precisa pagar nada, pode levar de graça.
Com a ajuda do tio, aprendeu primeiro a identificar as vogais. Depois, foi para as consoantes e, logo em seguida, conseguiu escrever o próprio nome. Passou a memorizar as letras e já conseguia rascunhar as primeiras palavras. Tio Guilherme tomava-lhe a lição todas as noites. Quando finalmente se sentiu mais seguro, Severino se impôs um teste: iria a um ponto para identificar os letreiros dos ônibus que passavam.
— O ônibus vinha de longe e eu imediatamente ia ajuntando as letras.
Depois de um ano no Recife, voltou à fazenda do pai, com uma caderneta no bolso e duas canetas na mão. Estava acontecendo uma festança de casamento, com quase todo o povoado de Orobó presente. Olhares enciumados e curiosos começaram a lhe ser dirigidos. E, na mente, as reminiscências de seu sofrimento: sentado a madrugada inteira, sem ver vivalma, não sabendo ler, chegando à casa do tio, sou cego, burro e tapado.
Em terra de cegos, quem tem um olho é rei. Ou melhor, em terra de iletrados, quem sabe ler e escrever é rei. O discurso predominante do povoado:
— Severino, a gente precisa aprender a ler. Hoje a gente está aqui, mas amanhã ninguém sabe, a gente pode ter de ir para a cidade grande. E lá, se não soubermos ler, não somos nada.
No dia seguinte, 26 pessoas – entre amigos e parentes – foram até a casa de seu pai para aprender com ele.
— Aí, pra mó d’eu começar a incentivar os outros, peguei três pedaços de pau e coloquei um ao lado do outro, bem paralelozinho. Peguei um pouco de carvão, soquei lá no pilão, peguei um pouco de álcool e um pouco de goma láctea, e enfiei uma tinta preta. Ficou um tipo duma lousa. Depois, fui lá num lixão e arrumei um pedaço de gesso, aquele gesso de fazer teto de casa, tirei um pedaço e fiz um tipo dum giz. As primeiras letras que eu escrevi foram o a-e-i-o-u, que foram as primeiras letras que eu aprendi da carta de ABC. Fui explicando pro pessoal e ninguém sabia fazer um “a”, fazer um “e”. Aí eu fui pegando na mão de cada um e ensinava.
A irmã de Severino, Maria José da Conceição, também assistia às aulas. Como convivia com o irmão, aprendeu mais rápido do que os outros alunos e passou também a lecionar na pequena escola improvisada. Em três meses, o número de alunos chegava a 100. E em um ano, Severino diz ter “formado” 231 pessoas.
— Aí depois teve o prefeito lá da cidade de Limoeiro, que passou o cargo pro filho e se propôs a ser candidato de Orobó. Ele ganhou a eleição, porque tirou título pra todo mundo – já que quase todos sabiam escrever o nome –, comprou roupa pro pessoal, calçado, chapéu…
Do tipo de coisa que só acontece nestes tristes trópicos. O político ainda prometeu construir uma escola em Orobó e colocar Severino no cargo de diretor, se ele concluísse pelo menos a 5ª série. Severino deu de ombros
Relação dos ganhadores do selo UNICEF
Pernambuco – 15 municípios aprovados Arcoverde, Brejo da Madre de Deus, Camutanga, Caruaru, Casinhas, Chã de Alegria, João Alfredo, Lagoa do Carro, Limoeiro, Orobó, Pedra, Pesqueira, Petrolina, Salgueiro, São Caitano
Um homem além do seu tempo
Publicada: 05/10/2008
Texto: Isaias Nascimento (Pároco de Brejo Grande)
No próximo dia 14 de outubro ás 19h30, na Igreja do Conjunto Orlando Dantas, em Aracaju, O Pe. Isaías Nascimento, pároco de Brejo Grande e membro do clero da Diocese de Propriá, vai lançar o livro intitulado “Dom Távora, O BISPO DOS OPERÁRIOS, UM HOMEM ALÉM DO SEU TEMPO, publicado pela Editora Paulinas/SP.
Quem foi D. Távora? - Nascido em Orobó, Pernambuco, no dia 19/07/1910, foi padre da Diocese de Nazaré da Mata/PE onde assumiu compromisso pastoral com os trabalhadores da cana e
operários das fábricas. Por causa deste seu compromisso foi convidado pelo Cardeal do Rio de Janeiro a trabalhar na antiga Capital Federal junto aos favelados e imigrantes. Lá se encontrou com o Pe. Helder Câmara, cearense, também envolvido com as mesmas causas. Eram tão irmãos, tão unidos, que um chamava o outro de “Eu”. Ambos estruturaram a Ação Católica, a CNBB, a Cáritas Brasileira, etc.
Em março de 1958 Dom Távora, já conhecido nacional e internacionalmente como o Bispo dos Operários ou Bispo dos Pobres, veio assumir a Diocese de Aracaju, que naquele tempo contava com mais de 70 % de analfabetos e muita pobreza. Desde quando estava no Rio de Janeiro como bispo auxiliar não se cansava em reagir e, juntamente com outros bispos nordestinos, e setores da sociedade civil organizada, lutou em busca de soluções de combate à pobreza e ao analfabetismo no Nordeste e de modo especial em Sergipe.
Para vencer o analfabetismo no campo criou o Movimento de Educação de Base (MEB) e a Rádio Cultura de Sergipe para transmitir as aulas e animar os trabalhadores rurais a se organizarem seus sindicatos. Daí surgiu os primeiros sindicatos dos trabalhadores rurais e a Fetase.
Estimulou a luta pela Reforma Agrária para se praticar a justiça social no campo. Para cuidar dos imigrantes e pobres abandonados na capital fortaleceu o Serviço de Assistência à Mendicância (Same). Para cuidar das domésticas criou a Casa da Doméstica e estruturou grupos de convivência com as prostitutas da capital. Para os desempregados da capital juntou-se aos empresários para trazer indústrias a fim de gerar emprego e renda - foi o caso da Fábrica de Cimento -. É tido como um dos fundadores da atual Deagro (antes Ancar) para acompanhar a agricultura familiar, etc. Viveu a noite escura de Ditadura Militar. Viu seus colaboradores diretos ligados às pastorais sociais, ao Meb e a Ação Católica serem presos e perseguidos. Ele mesmo, além de ser preso domiciliarmente, sofreu humilhações por defender seu povo e a liberdade democrática do país.
Faleceu precocemente, aos 59 anos, no dia 03 de abril de 1970 e está sepultado na Catedral Metropolitana de Aracaju.
Texto: Isaias Nascimento (Pároco de Brejo Grande)
No próximo dia 14 de outubro ás 19h30, na Igreja do Conjunto Orlando Dantas, em Aracaju, O Pe. Isaías Nascimento, pároco de Brejo Grande e membro do clero da Diocese de Propriá, vai lançar o livro intitulado “Dom Távora, O BISPO DOS OPERÁRIOS, UM HOMEM ALÉM DO SEU TEMPO, publicado pela Editora Paulinas/SP.
Quem foi D. Távora? - Nascido em Orobó, Pernambuco, no dia 19/07/1910, foi padre da Diocese de Nazaré da Mata/PE onde assumiu compromisso pastoral com os trabalhadores da cana e
operários das fábricas. Por causa deste seu compromisso foi convidado pelo Cardeal do Rio de Janeiro a trabalhar na antiga Capital Federal junto aos favelados e imigrantes. Lá se encontrou com o Pe. Helder Câmara, cearense, também envolvido com as mesmas causas. Eram tão irmãos, tão unidos, que um chamava o outro de “Eu”. Ambos estruturaram a Ação Católica, a CNBB, a Cáritas Brasileira, etc.
Em março de 1958 Dom Távora, já conhecido nacional e internacionalmente como o Bispo dos Operários ou Bispo dos Pobres, veio assumir a Diocese de Aracaju, que naquele tempo contava com mais de 70 % de analfabetos e muita pobreza. Desde quando estava no Rio de Janeiro como bispo auxiliar não se cansava em reagir e, juntamente com outros bispos nordestinos, e setores da sociedade civil organizada, lutou em busca de soluções de combate à pobreza e ao analfabetismo no Nordeste e de modo especial em Sergipe.
Para vencer o analfabetismo no campo criou o Movimento de Educação de Base (MEB) e a Rádio Cultura de Sergipe para transmitir as aulas e animar os trabalhadores rurais a se organizarem seus sindicatos. Daí surgiu os primeiros sindicatos dos trabalhadores rurais e a Fetase.
Estimulou a luta pela Reforma Agrária para se praticar a justiça social no campo. Para cuidar dos imigrantes e pobres abandonados na capital fortaleceu o Serviço de Assistência à Mendicância (Same). Para cuidar das domésticas criou a Casa da Doméstica e estruturou grupos de convivência com as prostitutas da capital. Para os desempregados da capital juntou-se aos empresários para trazer indústrias a fim de gerar emprego e renda - foi o caso da Fábrica de Cimento -. É tido como um dos fundadores da atual Deagro (antes Ancar) para acompanhar a agricultura familiar, etc. Viveu a noite escura de Ditadura Militar. Viu seus colaboradores diretos ligados às pastorais sociais, ao Meb e a Ação Católica serem presos e perseguidos. Ele mesmo, além de ser preso domiciliarmente, sofreu humilhações por defender seu povo e a liberdade democrática do país.
Faleceu precocemente, aos 59 anos, no dia 03 de abril de 1970 e está sepultado na Catedral Metropolitana de Aracaju.
Juiz de Orobó dá exemplo de Justiça democrática
Por: Tribunal de Justiça do Estado do Pernambuco
Data de Publicação: 6 de outubro de 2005
H á quase dois anos, vem se destacando na comarca de Orobó o programa "Com a Palavra, a Justiça", apresentado de segunda a sexta-feira, das 15h50 às 16h, pelo juiz local, Fernando Antônio Sabino Cordeiro, em uma Rádio Comunitária. O objetivo principal do programa é aproximar os cidadãos do Poder Judiciário, através de uma linguagem simples e informal. Para isso, pode ser entrevistado, por exemplo, um Técnico Judiciário, para quem o juiz Fernando Antônio pergunta: "O que o senhor faz?"
O magistrado também procura explicar o significado de termos jurídicos, sem nenhuma "cerimônia": "Olha, petição inicial é quando alguém vai pedir ao juiz alguma coisa. É quando o cidadão vai reclamar um direito na Justiça", explica o juiz no programa.
Além disso, o ouvinte pode enviar perguntas por cartas ou pelo telefone, ficando a seu critério identificar-se ou não, pois, como afirma o
Data de Publicação: 6 de outubro de 2005
H á quase dois anos, vem se destacando na comarca de Orobó o programa "Com a Palavra, a Justiça", apresentado de segunda a sexta-feira, das 15h50 às 16h, pelo juiz local, Fernando Antônio Sabino Cordeiro, em uma Rádio Comunitária. O objetivo principal do programa é aproximar os cidadãos do Poder Judiciário, através de uma linguagem simples e informal. Para isso, pode ser entrevistado, por exemplo, um Técnico Judiciário, para quem o juiz Fernando Antônio pergunta: "O que o senhor faz?"
O magistrado também procura explicar o significado de termos jurídicos, sem nenhuma "cerimônia": "Olha, petição inicial é quando alguém vai pedir ao juiz alguma coisa. É quando o cidadão vai reclamar um direito na Justiça", explica o juiz no programa.
Além disso, o ouvinte pode enviar perguntas por cartas ou pelo telefone, ficando a seu critério identificar-se ou não, pois, como afirma o
População de Orobó-pe
OROBÓ - Cidade com uma população de aproximadamente 21.997 habitantes sendo, 10.629 do sexo masculino e 11.368 do sexo feminino. Faz parte do Estado de Pernambuco, com cerca de 126 kilômetros quadrados de área. Possui uma densidade populacional de quase 174.58 habitantes por Km quadrado segundo o IBGE.
Gente de Orobó
Luciano Pontes
Nasceu em Orobó, Agreste de Pernambuco, em 1974, e mora no Recife/PE, próximo ao rio Capibaribe. É escritor, ator, cenógrafo e palhaço do programa Doutores da Alegria, em Recife. Tem formação livre em teatro e dança. Integrou durante cinco anos o elenco de atores-manipuladores do mamulengo Só-Riso, uma das principais companhias de teatro de bonecos do Brasil. Ganhou os prêmios: APACEPE de melhor cenário de dança com Oratórium (2002) e o do Festival Nordestino de Guaramiranga com O Terceiro Dia (2003).
Obras
- Ouvindo as conchas do mar (Paulinas, 2002)
- Uma história sem pé nem cabeça, com ilustrações de André Neves (Paulinas, 2006)
- Em briga de irmãos quem dá opinião?, com ilustrações de Roberto Weigand (FTD, 2007)
Histórico Municipal
O povoador primitivo foi o português Manoel José de Aguiar que teria se instalado próximo a uma fonte local bem conhecida, a que dera nome de “Olho D’água das Bestas” (primeiro nome do município), porque era ali que os animais matavam a sede quando estavam pastando.
Para implantar suas atividades de desbravador da região, começou a derrubar matas e proceder queimadas a fim de preparar a terra para a plantação de culturas, entre elas, cana-de-açúcar. Para as áreas recém-desmatadas, ele mandava conduzir os seus animais ordenando: “Levem para as queimadas!”. Essa designação de espaço terminou por consagrar o nome “Queimadas” para a região que se expandia. Esse nome se consolidou no tempo, até mesmo após a criação do município. As casas foram, assim, surgindo, construídas, inicialmente, sobretudo, nos pontos mais elevados, como ocorrera com a Capela que se tornou a atual Matriz. O natural processo de herança foi dando margem ao aumento do povoado que crescia sob a jurisdição de Bom Jardim, que se tornara em município em 19 de maio de 1870, cuja instalação ocorreu em 19 de julho de 1871.
A expressão política de nossa localidade começou estar presente já na constituição do primeiro conselho municipal de Bom Jardim do qual participaram os queimadenses Abílio Aprígio de Souza Barbosa, José Rosa Lins de Aguiar e José Jovino de Farias Leite. Era, sem dúvida, uma representação política quantitativamente bem expressiva. E para melhor apreciação, vale indicar os nossos representantes no novo Conselho, com a respectiva votação:
Major Abílio Aprígio de Souza Barbosa - 398
Jerônimo Maximiano de Aguiar - 378
Major João Florentino da Cunha Azevedo - 398
Agostinho Barbosa de Aguiar - 177
Apenas um Distrito, contribuindo com tão forte representação no Conselho Municipal (atual Câmara de Vereadores), é bem indicativo de que já havia espírito político em nossa nascente comunidade. Foi, certamente daí, que se despertou o pensamento de desenvolver o povoado, preparando-o para a sua emancipação.
Assim pela Lei Municipal nº 21, de 07 de setembro de 1914, foi criado o Distrito das Queimadas, passando à condição de Vila, pela Lei de nº 47, de 16 de setembro de 1925.
As efetivas participações de filhos da terra em sucessivos Conselhos Municipais alimentaram sem dúvida, ideais de emancipação jurídico-administrativa. Com esse objetivo, houve a primeira reunião informal para discussão e tomada de providências, às 11 horas do dia 19 de janeiro de 1927, na casa do Major Abílio, convocado pelo Vigário Padre José Marques da Fonseca. Homem bem diferenciado e grandemente interessado pela criação do município, não foi difícil a esse sacerdote, coordenar a campanha, em franca e total colaboração com os políticos. A essa reunião compareceram as pessoas mais representativas do Distrito, sobretudo, senhores de engenho. Na ocasião, ficaram definidas as tarefas, ou seja, contatos com o Governador e divulgação pela imprensa.
Pela Lei Estadual nº 1.931, de 11 de setembro de 1928, assinada pelo Governador Estácio de Albuquerque Coimbra, foi a vila das Queimadas elevada à categoria de Município e a sede, à de cidade.
A partir daí, começou o progresso, observado em vários setores, sobretudo urbano, dentro do clima próprio a situações semelhantes que ocorreram em todos os municípios que se instalam.
Assinalando esses aspectos evolutivos, devemos registrar que, pelo Decreto-Lei 311 de 02 de março de 1938, foi efetuada revisão da toponímia dos municípios brasileiros, promovida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O nosso Município passou então, a denominar-se “Orobó”. A alegação apresentada para mudança, baseava-se no fato de já existir outro município na Bahia com o mesmo nome de Queimadas.
O nome Orobó surgiu devido à existência de um rio do mesmo nome que atravessa o município. O rio Orobó se dirige no sentido oeste-leste, cortando transversalmente o município, até encontrar-se com o rio Tracunhaém, na localidade Cedro.
Criado o município, no dia onze de setembro de 1928, como já registrado, as pessoas mais envolvidas na campanha pela sua emancipação trataram de tornar as providências atinentes à constituição da sua vida administrativa. Assinale-se que o Major Abílio Barbosa e o Padre José Marques da Fonseca, Pároco local, os lutadores maiores dessas campanhas, decerto haviam pensado em todas as minúcias nesse sentido. Assim, foi logo formado o Conselho Municipal, para preparar e efetivar a transição para o exercício pleno do poder constituído.
Esse Conselho era composto por Antônio da Matta Ribeiro, seu presidente, Antônio Bertino de Aguiar (seu Toinho), Joaquim Otávio Bezerra de Araújo, Severino Severo de Araújo Aguiar, Antônio Delgado Leal, todos eles pessoas das mais representativas da sociedade.
A eleição com a finalidade de escolher o primeiro Prefeito realizou-se dentro dos padrões da época: a céu aberto e a bico de pena. Infelizmente, não há, na Prefeitura, nem nos arquivos da Câmara de Vereadores, registro pormenorizado dessa eleição, que ratificou a vontade da população, elegendo a seu líder, o Major Abílio de Souza Barbosa, por sinal, candidato único.
O primeiro Prefeito era um homem com boa dose de espírito público e com experiência administrativa, uma vez que já havia sido Prefeito do município de Bom Jardim, no período de 1912 a 1915. Era muito ligado ao influente político local, médico Dr. Justino da Mota Silveira e contava, à sombra do seu prestígio, com acesso ao então Governador Dantas Barreto. Ao ser este substituído no Governo pelo Dr. Manoel Pereira Borba, por força do resultado da eleição, caiu momentaneamente, a força política do Dr. Mota Silveira e, consequentemente, a do Prefeito de Bom Jardim, a que estava ligado o nosso Distrito das Queimadas. Não obstante, ele completou o seu mandato. A experiência que então adquiriu, serviu-lhe para o exercício da futura administração da sua terra, que, um dia haveria de cair-lhe as mãos.
Homem de compleição física esbelta, elegante e com feições de beleza máscula, o Major Abílio se impunha, até, por essas características, se lhe faltassem outros atributos. Nessa época não havia viaturas motorizadas e, por isso, ele saía do povoado das Queimadas para dar expediente na sede do município, montando, sempre, belos cavalos, o que lhe conferia especial toque de imponência. Sempre acompanhado de um dos filhos, ora Jaime, ou mesmo José Mateus, ou Natúcio Barbosa (Tuta), ele entrava em Bom Jardim, como se cada dia fosse o primeiro, o dia de uma chegada vitoriosa, embora com pequeno séquito. Cerimonioso e comedido nas funções procurava, certamente, nessa ocasião, quando na companhia dos filhos, transferir-lhes ensinamentos políticos visando a prepará-los para vida pública, plantando, assim, as bases de uma escola político-familiar. Mas, o campo não era fértil. Os ensinamentos nem os exemplos foram assimilados. Diante disso, é francamente admissível que ele, pai de sete filhos varões, haja carregado essa frustração por toda a sua longa vida.
O Major Abílio era um homem singular. Se os cavalos de sua comitiva eram guapos e reluzentes, o cavaleiro principal disso tirava partido. Ao seu porte físico imponente e ao esmero na indumentária, ele ajuntava parcimônia nos gestos e no perfume que usava, invariavelmente. A moldura era, assim, bem ajustada ao espírito adornado.
No exercício do cargo de Prefeito, procurou, de logo, estimular a construção de casas, objetivando, com isso, aumentar a quantidade das existentes que eram na verdade, muito reduzidas. Aliás, esse era, também, um dos motivos alegados pelos bonjardinenses, contra a emancipação da Vila das Queimadas.
A administração do primeiro Prefeito que, pelas suas realizações iniciais, se prenunciava fecunda, teve, porém, vida curta, de vez que, assumindo o mandato em 15 de novembro de 1928, exerceu-o, apenas, até 03 de outubro de 1930.
Abílio de Souza Barbosa, figura patriarcal da nossa época. Primeiro Prefeito do Município de Orobó, em 1928. Nasceu em 26-02-1863 e faleceu em 30-01-1950.
Padre José Marques da Fonseca, de família nazarena, embora aparentemente de temperamento fechado, aos poucos se integrou, inteiramente, a tudo que dissesse respeito aos interesses maiores da coletividade. Havia nele, contudo particularidades que bem o marcaram. Postura imponente, em qualquer circunstância, marcava a sua respeitosa figura. Mantinha um ar solene, mormente quando presidia funções religiosas. Os seus sermões eram rebuscados de citações latinas embora dirigidas para ouvintes poucos letrados. Tinha atitudes professorais no curso das suas pregações, pondo sempre em relevo, que falava “ex-catedra”. “Falava da cátedra de São Pedro”, costumava dizer e de repetir, explicando, por fim, o seu significado.
Não se demorou a abraçar movimentos que iniciaram com vista à emancipação municipal, deles participando até ao momento final da vitória, em 11 de setembro de 1928, no governo estadual de Estácio Coimbra. Foi um excelente assessor do coronel Abílio Barbosa, chefe político local e vitorioso desse movimento no qual se envolvera com tanta determinação. Era muito benquisto pela população. Por conta disso, quando o bispo diocesano, Dom Ricardo Castro Vilela, excelente orador sacro, o transferiu para Timbaúba, houve muita insatisfação dos paroquianos que tentaram, infrutiferamente, impedir a sua saída.
Após deixar a nossa cidade, o Padre Marques da Fonseca só retornou, muitos anos depois, para participar das festividades comemorativas do cinqüentenário do jubileu de prata da emancipação político-administrativa do município, ocorridas em setembro de 1953. Nessa oportunidade, foi homenageado em solenidade ocorrida na sede da Prefeitura. Seu tempo de permanência foi de 22 de junho de 1923 a 04 de janeiro de 1929. Foi, em verdade ser o novo vigário de Timbaúba.
Agroecologia em Rede
Josefa Lúcia e Antônio moram com a filha, a avó e a irmã em Matinadas, Orobó-PE. Possuem meio quadro de terra onde desenvolveram uma área diversificada com muitas fruteiras, hortaliças, além do milho, feijão, fava e macaxeira. A família ainda cria ovelhas, porcos e dois garrotes. Josefa se especializou em produzir capões para serem vendidos na época do São João e do natal. Seus capões chegam a pesar 4 quilos e são comercializados entre 25 e 30,00 reais. Estão iniciando também a criação de patos.
Frivolitê
A Associação dos Artesãos de Orobó-PE são especializados em uma arte pouco conhecida no país, o frivolité – um tipo de renda tecida com os dedos e eventualmente com auxílio da naveta ou navete, um instrumento talhado em madeira. Essa arte foi aprendia por dona Rosa com as freiras francesas que lecionavam no município de Surubim-PE e foi repassada para as suas filhas, netas e amigas. Em 1986 fundaram uma associação que em 1997 foi reativada com a participação de 26 sócias. São elas que encarregam da venda dos produtos e reservam 10% do valor para um fundo de reserva da Associação.
Faço frivolitê e estou com dificuldades de encontrar navete para comprar. Gostaria de obter informações sobre pontos de venda. Como posso entrar em contato com as pessoas da Associação de produtores de artesantatos em frivolitê?
Jesa
jesamari_calistrato@hotmail.com
Comsef, Pernambuco
Em Orobó, no sertão pernambucano, a cidadania será o principal fruto colhido no futuro. A semeadura vem sendo feita desde 2001, quando começaram os projetos de desenvolvimento sustentável baseado na agroecologia e o fortalecimento das associações de agricultores locais para uma participação política efetiva junto ao governo municipal. Jovens e adultos, homens e mulheres são os principais agentes desta transformação.
A busca por um desenvolvimento sustentável tem sido a tônica do trabalho realizado pela COMSEF (Comunidade Semeando o Futuro) em parceria com a ActionAid, em Orobó, município localizado a 118 km de Recife, no Agreste pernambucano.
Os agricultores familiares aprendem que a partir de técnicas agroecológicas, é possível utilizar melhor o solo e a água de forma a evitar a degradação ambiental e possibilitar a recuperação de áreas degradadas.
O trabalho começou com a identificação das condições de produção agrícolas no município e as necessidades dos agricultores familiares e seguiu com a capacitação dos mesmos na produção agroecológica.
Paralelamente, foi preciso fortalecer a luta pelos direitos para uma participação das organizações de base e da sociedade nas políticas públicas e para a construção de um modelo de produção com base na agroecologia. Uma rede de organizações da sociedade civil foi formada envolvendo as famílias no processo de desenvolvimento local, são organizações que atuam na produção de artesanato, de remédios à base de ervas medicinais, de frutas cítricas e na defesa dos direitos das mulheres, dos jovens e das famílias de agricultores assentados, além do sindicato dos trabalhadores rurais do município.
Para dar continuidade ao resultados conquistados com o trabalho de articulação, a Comsef também atua na formação cidadã dos jovens participando da Rede de Jovens do Nordeste. A participação política da juventude foi tema da campanha “Voto não tem preço, tem conseqüência”, debatido em 5 encontros com alunos das escolas da rede pública.
A maior parte dos recursos que financiam este projeto vem de doadores individuais que acompanham as crianças nas comunidades onde nossos parceiros atuam. A comunicação com esse doadores é feita por meio de três correspondências anuais, que incluem mensagens e desenhos feitos pelas crianças, além de relatórios sobre os resultados alcançados no ano.
Este sistema leva à mobilização das famílias para ações em conjunto com a organização parceira. O trabalho de todos se torna mais eficaz e transparente, já que cada família se sente parte da organização e cobra os resultados das ações desenvolvidas.
Veja aqui como contribuir para melhorar as condições de vida da população de Orobó e mudar o futuro de uma criança.
© André Telles/ ActionAid/ Brasil
Saiba mais
O que é agroecologia e agroextrativismo
Fatos
Pequenas propriedades são maioria no município, 85% têm menos do que 5 hectares e somente três propriedades têm mais de 100 hectares cada.
Em 2001, 34% da população tinha renda per capita mensal de R$30, situadas abaixo da linha de pobreza.
APRENDA FRIVOLITÊ clique aqui
Frivolitê
A beleza na ponta dos dedos
denominação "frivolité", essencialmente francesa, é adotada em quase todos os países da Europa; entretanto os italianos nomeiam a técnica de "occhi". Já os orientais conservam a antiga denominação "makouk", enquanto nos países de lingua inglesa é chamada de "tatting".
A técnica pode ser resumida numa seqüência de nós e picôs que formam círculos e semi-círculos, e estes compõem uma rica trama rendada.
Você já ouviu falar de uma frutinha chamada Orobó?
Provavelmente não, mas saiba que e dessa fruta que se originaram os tão populares refrigerantes de "cola", que hoje tem na Pepsi-Cola e na Coca-cola, verdadeiros representantes da Globalização Internacional, do Imperialismo Americano, da massificação do consumo e tudo aquilo que o povo da direita adora e o povo da esquerda odeia.
Na verdade, orobó é como é conhecido a Noz-de-Cola no Brasil. É uma semente com grandes quantidades de cafeína e muito utilizada na África como estimulantes e revigorantes. Por isso que na lata da Coca vem escrito que ela tem cafeína. Ela não é feita de café, como muita gente pensa, ou de cola de papel, como alguns expeculam. Era justamente a essência da Noz-de-cola que dava a coloração escura à Coca-cola.
Mas com a industrialização, ficaria dificil produzir a essência na quantidade desejada pelas empresas de refrigerante, e o custo ficaria muito alto. Como aconteceu com a borracha, hoje é utilizada uma essência artificial para fazer a Coca-cola, que busca justamente, imitar a essência original.
Só um detalhe. A Coca-cola tinha realmente folhas de cocaína quando era só um xarope, mas essas folhas tinham mais função estimulante do que saborizante, sendo retiradas da composição do refrigerante por motivos óbvios.
No final do século XIX, esse xárope, como muitos outros que existiam na época passaram a ser gaseificados e eram vendidos nas farmácias, que naquela época quase passaram a ser confundidas com as lanchonetes.
Apoio:
Internet via tomada
Acesso à banda larga pela rede elétrica. A versão brasileira do sistema, inspirada no modelo americano, fica sob consulta pública até o fim do mês e deve ser regulamentada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) até dezembro deste ano
FABIO LEITE, f.leite@grupoestado.com.br
Depois de entrar na casa dos brasileiros pela linha telefônica, pelo sinal de TV a cabo ou sem fio e via satélite, a internet vai chegar também pela rede elétrica. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estima que, já a partir do ano que vem, a tecnologia Power Line Communications (PLC) - que permite a conexão banda larga apenas plugando o fio do computador na tomada - começará a incluir no universo virtual os cerca de 80% da população que ainda não têm acesso à web em suas residências.
Inspirada no modelo americano, a versão brasileira da banda larga de fio elétrico fica sob consulta pública até o fim do mês e deve ser regulamentada pela Anatel até dezembro. A Agência acredita que o serviço deva engrenar rapidamente porque, além da enorme demanda por acesso que há no País, vai utilizar uma infra-estrutura que já existe e de enorme abrangência.
“A rede elétrica tem uma capilaridade muito maior que a telefônica, por exemplo. Com o PLC, qualquer pessoa que tem luz em casa poderá acessar a internet banda larga”, explica a especialista em regulação da Anatel, Diana Tomimura. Segundo a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), em 2007, 180 milhões de brasileiros tinham acesso à eneria elétrica - 98% da população -, porém, revela levantamento do Ibope Net Ratings, apenas 35,4 milhões têm acesso à internet em casa hoje.
Na verdade, a tecnologia PLC não é nenhuma novidade. No Brasil, ela já está sendo testada pelas companhias de energia elétrica como a Copel (Paraná), Celg (Goiás), Cemig (Minas) e Light (Rio) há cerca de oito anos. Em São Paulo, a AES Eletropaulo Telecom informou que também está fazendo testes em alguns pontos da Cidade, mas que não tem dados concretos sobre os resultados porque o processo está ainda em fase inicial.
Transmissão e adequação
Na prática, o PLC permite a transmissão de radiofreqüência utilizando redes de energia de média e baixa tensão das concessionárias de fornecimento de luz para enviar sinais de internet, voz, vídeo, entre outros. O caminho é o mesmo da rede elétrica. Os sinais saem de uma estação central, seguem pela fiação até os postes de luz, onde são convertidos por aparelhos transformadores antes de chegar às residências. Dentro de casa, o usuário só precisará ter um modem - equipamento responsável pela conexão - específico para esta tecnologia e plugá-lo na tomada (veja mais detalhes ao lado).
“O grande problema para o PLC serão os transformadores dos postes de luz, que naturalmente são uma barreira aos sinais de internet. As empresas terão de fazer uma adequação em suas redes para fazer tudo isso funcionar”, comenta o diretor da consultoria em telecomunicações Teleco, Huber Bernal Filho. “Sem dúvida, é uma boa alternativa de acesso à rede, mas temos de ver como o mercado vai se comportar e aprimorar essa tecnologia para oferecê-la em larga escala.”
Segundo Ethevaldo Siqueira, especialista em telecomunicações, a questão é saber se a banda larga de fio elétrico será fornecida mesmo pelas companhias elétricas ou pelas “teles”. “As primeiras candidatas são as operadoras elétricas, mas elas podem alugar para uma tele operar”, conta. Embora a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) esteja acompanhando o processo, a regulamentação está toda nas mãos da Anatel.
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FABIO LEITE, f.leite@grupoestado.com.br
Depois de entrar na casa dos brasileiros pela linha telefônica, pelo sinal de TV a cabo ou sem fio e via satélite, a internet vai chegar também pela rede elétrica. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estima que, já a partir do ano que vem, a tecnologia Power Line Communications (PLC) - que permite a conexão banda larga apenas plugando o fio do computador na tomada - começará a incluir no universo virtual os cerca de 80% da população que ainda não têm acesso à web em suas residências.
Inspirada no modelo americano, a versão brasileira da banda larga de fio elétrico fica sob consulta pública até o fim do mês e deve ser regulamentada pela Anatel até dezembro. A Agência acredita que o serviço deva engrenar rapidamente porque, além da enorme demanda por acesso que há no País, vai utilizar uma infra-estrutura que já existe e de enorme abrangência.
“A rede elétrica tem uma capilaridade muito maior que a telefônica, por exemplo. Com o PLC, qualquer pessoa que tem luz em casa poderá acessar a internet banda larga”, explica a especialista em regulação da Anatel, Diana Tomimura. Segundo a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), em 2007, 180 milhões de brasileiros tinham acesso à eneria elétrica - 98% da população -, porém, revela levantamento do Ibope Net Ratings, apenas 35,4 milhões têm acesso à internet em casa hoje.
Na verdade, a tecnologia PLC não é nenhuma novidade. No Brasil, ela já está sendo testada pelas companhias de energia elétrica como a Copel (Paraná), Celg (Goiás), Cemig (Minas) e Light (Rio) há cerca de oito anos. Em São Paulo, a AES Eletropaulo Telecom informou que também está fazendo testes em alguns pontos da Cidade, mas que não tem dados concretos sobre os resultados porque o processo está ainda em fase inicial.
Transmissão e adequação
Na prática, o PLC permite a transmissão de radiofreqüência utilizando redes de energia de média e baixa tensão das concessionárias de fornecimento de luz para enviar sinais de internet, voz, vídeo, entre outros. O caminho é o mesmo da rede elétrica. Os sinais saem de uma estação central, seguem pela fiação até os postes de luz, onde são convertidos por aparelhos transformadores antes de chegar às residências. Dentro de casa, o usuário só precisará ter um modem - equipamento responsável pela conexão - específico para esta tecnologia e plugá-lo na tomada (veja mais detalhes ao lado).
“O grande problema para o PLC serão os transformadores dos postes de luz, que naturalmente são uma barreira aos sinais de internet. As empresas terão de fazer uma adequação em suas redes para fazer tudo isso funcionar”, comenta o diretor da consultoria em telecomunicações Teleco, Huber Bernal Filho. “Sem dúvida, é uma boa alternativa de acesso à rede, mas temos de ver como o mercado vai se comportar e aprimorar essa tecnologia para oferecê-la em larga escala.”
Segundo Ethevaldo Siqueira, especialista em telecomunicações, a questão é saber se a banda larga de fio elétrico será fornecida mesmo pelas companhias elétricas ou pelas “teles”. “As primeiras candidatas são as operadoras elétricas, mas elas podem alugar para uma tele operar”, conta. Embora a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) esteja acompanhando o processo, a regulamentação está toda nas mãos da Anatel.
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